Maria João Bastos é uma mulher segura
À saída do cinema, depois de ver Um Coração Poderoso, alguém comentava: “O filme é bom, mas nunca te esqueces que estás a olhar para a Angelina Jolie.” Maria João Bastos ainda não viu o filme, e nem se compara com uma das actrizes mais populares do mundo, mas sabe que, no universo que frequenta, não quer que as pessoas tenham esta imagem dela quando a vêem numa novela, no cinema ou numa peça de teatro. “É claro que toda a gente sabe quem eu sou, quem é a Maria João Bastos. Mas quanto menos souberem sobre a mi-nha vida pessoal, mais irão acreditar nas personagens que represento. Não é interessante, para a minha carreira, estar a expor a minha vida pessoal. Se não, quando as pessoas estiverem a ver-me, vão estar a ver a Maria João que casou com não sei quem, que tem dois filhos, que lindos que eles são, a casa dela é óptima, não é? Quanto menos mostrarmos de nós, mais poderemos ser credíveis.”
A meio da conversa, com o rio Tejo ao fundo, já não havia formalismos. Depressa se percebe que ali está uma pessoa afável, divertida, de bem com a vida. Para isso contribui o facto de a vida ter sido boa com ela. Mas o que poderia parecer apenas sorte – como o contacto do agente da Elite que a descobriu numa esplanada e a levou para o mundo da moda – depressa se transforma em algo mais sólido.
“Nunca tomei uma decisão do género ‘quero ser actriz’, nem nunca tive uma conversa profunda com os meus pais sobre isso. Foi algo que esteve sempre dentro de mim, sempre foi claro para todos que era algo que eu ia perseguir.” A “revelação” surgiu por volta dos três anos. Maria João assistia com os pais ao teatrinho de fim de ano da escola da irmã mais velha. “Quando ela entrou, achei que eu é que devia estar lá em cima e por isso desatei a correr pela sala, subi ao palco, agarrei num microfone e comecei a cantar o Sobe, Sobe, Balão Sobe! Desatou-se tudo a rir. Lembramo-nos sempre desta história e eu tenho uma imagem desse dia”, conta.
A meio da conversa, com o rio Tejo ao fundo, já não havia formalismos. Depressa se percebe que ali está uma pessoa afável, divertida, de bem com a vida. Para isso contribui o facto de a vida ter sido boa com ela. Mas o que poderia parecer apenas sorte – como o contacto do agente da Elite que a descobriu numa esplanada e a levou para o mundo da moda – depressa se transforma em algo mais sólido.
“Nunca tomei uma decisão do género ‘quero ser actriz’, nem nunca tive uma conversa profunda com os meus pais sobre isso. Foi algo que esteve sempre dentro de mim, sempre foi claro para todos que era algo que eu ia perseguir.” A “revelação” surgiu por volta dos três anos. Maria João assistia com os pais ao teatrinho de fim de ano da escola da irmã mais velha. “Quando ela entrou, achei que eu é que devia estar lá em cima e por isso desatei a correr pela sala, subi ao palco, agarrei num microfone e comecei a cantar o Sobe, Sobe, Balão Sobe! Desatou-se tudo a rir. Lembramo-nos sempre desta história e eu tenho uma imagem desse dia”, conta.
Etiquetas: famosas portuguesas, Maria João Bastos
Dos três anos em diante, nunca mais largou a representação. Teatros de bairro, concertos caseiros, tudo servia para Maria João exercitar a sua vocação. Benavente era pequena demais e Maria João foi para Lisboa, aos 17 anos, tentar a sorte. Mas uma sorte controlada. “Vim atrás de um sonho, mas vim para a faculdade, porque não sabia como iam correr as coisas e queria jogar pelo seguro”, revela.
Parece haver qualquer coisa entre Maria João e as esplanadas. “Um dia, ainda andava na faculdade, estava num café e fui abordada por uma pessoa que me perguntou se eu queria ser modelo da Elite. Nunca tal me ti-nha passado pela cabeça, até porque na altura as modelos eram muito altas, com grandes peitos, mulheres robustas. E eu não era nada disso, por isso aquilo não fazia grande sentido para mim.” Passou dias sem ligar, até que começou a pensar que a moda poderia ser um caminho para chegar à televisão. Afinal estava em Lisboa há um ano e não tinha conseguido um único contacto.
“Fui para a agência e surpreendentemente apaixonei-me pelo mundo da moda. Vivi momentos fantásticos. E descobri depois que não estava errada quanto à minha opção.” Passado pouco tempo, Maria João fez um casting para a produtora NBP, que na altura ia produzir Os Lobos, uma série televisiva.
Maria João foi escolhida para uma personagem, mas disse que não. “O Virgílio Castelo diz-me que eu vou interpretar uma personagem que é lésbica e que vou contracenar com a Fernanda Serrano. E acrescenta que eu teria de fazer cenas de nu. Fiquei entre a espada e a parede. Não tenho nada contra os nus, mas como era modelo, tinha receio de que se o meu primeiro papel fosse a mostrar o corpo, poderia ficar catalogada como alguém que tinha tido uma oportunidade porque era apenas modelo e tinha de mostrar o corpo. Foi isto que lhe expliquei, a medo. É que, para mim, era uma coisa tão séria ser actriz que não queria começar por aí.”
Saiu da NBP a pensar que esta poderia ter sido a sua última oportunidade, mas segura de que tinha feito o que a consciência lhe dizia.
“Não me iria violentar a fazer uma coisa que não queria e da qual me poderia vir a arrepender”, assegura. Soube, mais tarde, após um novo telefonema de Virgílio Castelo, que não tinha de arrepender-se de nada. Ele tinha percebido e até admirado a atitude dela e aí estava a convidá-la para o primeiro papel em televisão, na série Todo o Tempo do Mundo. Os dados estavam lançados e não mais parariam de rolar.
Parece haver qualquer coisa entre Maria João e as esplanadas. “Um dia, ainda andava na faculdade, estava num café e fui abordada por uma pessoa que me perguntou se eu queria ser modelo da Elite. Nunca tal me ti-nha passado pela cabeça, até porque na altura as modelos eram muito altas, com grandes peitos, mulheres robustas. E eu não era nada disso, por isso aquilo não fazia grande sentido para mim.” Passou dias sem ligar, até que começou a pensar que a moda poderia ser um caminho para chegar à televisão. Afinal estava em Lisboa há um ano e não tinha conseguido um único contacto.
“Fui para a agência e surpreendentemente apaixonei-me pelo mundo da moda. Vivi momentos fantásticos. E descobri depois que não estava errada quanto à minha opção.” Passado pouco tempo, Maria João fez um casting para a produtora NBP, que na altura ia produzir Os Lobos, uma série televisiva.
Maria João foi escolhida para uma personagem, mas disse que não. “O Virgílio Castelo diz-me que eu vou interpretar uma personagem que é lésbica e que vou contracenar com a Fernanda Serrano. E acrescenta que eu teria de fazer cenas de nu. Fiquei entre a espada e a parede. Não tenho nada contra os nus, mas como era modelo, tinha receio de que se o meu primeiro papel fosse a mostrar o corpo, poderia ficar catalogada como alguém que tinha tido uma oportunidade porque era apenas modelo e tinha de mostrar o corpo. Foi isto que lhe expliquei, a medo. É que, para mim, era uma coisa tão séria ser actriz que não queria começar por aí.”
Saiu da NBP a pensar que esta poderia ter sido a sua última oportunidade, mas segura de que tinha feito o que a consciência lhe dizia.
“Não me iria violentar a fazer uma coisa que não queria e da qual me poderia vir a arrepender”, assegura. Soube, mais tarde, após um novo telefonema de Virgílio Castelo, que não tinha de arrepender-se de nada. Ele tinha percebido e até admirado a atitude dela e aí estava a convidá-la para o primeiro papel em televisão, na série Todo o Tempo do Mundo. Os dados estavam lançados e não mais parariam de rolar.
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1 comentario
Vanessa e Cristina -
Gostariamos de deixar aqui uma pequena mensagem sobre a criação do nosso blog:
A partir do dia 1 de Janeiro podem visitar o blog http://mariajoaobastos.blogs.sapo.pt/ onde podem encontrar tudo sobre a actriz Maria João Bastos: vídeos, fotos, entrevistas e notícias recentes. Se gostam e admiram o trabalho desta actriz não percam tempo e visitem este espaço!
Continuação de bom trabalho,
Vanessa e Cristina